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Foto do escritorAdriana Liberato

Invista em sua alma. O retorno é garantido!


Há quase dois anos, comecei a pesquisar a fundo temas e perfis relacionados à Maturidade Feminina, com o objetivo de ter mais embasamento para dar vida à Plataforma Proud Over 40 (não gostaria de ficar restrita às minhas questões e vivências).


No início os conteúdos eram escassos e o número de perfis nas mídias sociais era quase inexpressivo. Mas é surpreendente como esse número vem crescendo freneticamente a cada dia. Tá na moda falar sobre Maturidade!


Questões que até pouco tempo atrás eram tabus, estão sendo discutidas abertamente em horário nobre. Muitos profissionais que se limitavam a compartilhar seus conhecimentos apenas em seus escritórios e consultórios ganharam voz e escala com as mídias sociais. Muitas mulheres que se sentiam de alguma forma oprimidas e envergonhadas com algumas questões, resolveram se expor. E quem ganha com isso? Todo mundo!


A geração madura ganha representatividade. É muito bom encontrar eco em tantas outras pessoas que estão passando pelas mesmas situações, problemas, inseguranças, desejos e anseios. A geração mais jovem ganha esperança. Está caindo por terra que o prazo de validade da humanidade é de 50 anos. É justamente o contrário pra quem tem saúde, energia e atitude.


Mas quem foi que disse que se muda a mentalidade que está enraizada numa sociedade da noite pro dia?


Infelizmente, no inconsciente coletivo de nossa sociedade, uma pessoa acima dos 50 anos é velha! Mesmo com todas as evidências contrárias que temos nas Redes Sociais (que viraram as referências para tudo!). Eu não preciso ir longe. A imagem que tenho da minha avó materna quando tinha 50 anos é equivalente à de uma mulher de uns 80 anos hoje em dia. Sem falar na saúde e na postura que estavam bem distantes de um conceito de vitalidade. Essa imagem continua viva em minha mente.


E sabe o que é mais interessante? É o que está enraizado em nós. O problema não é a nossa idade, mas o que pensamos acerca do envelhecimento e acerca de nós mesmos. Se nem nós aceitamos o nosso processo de envelhecimento, como podemos querer que toda uma sociedade encare isso de uma forma natural? Queremos a todo custo manter uma aparência jovem, como se isso parasse o tempo ou mudasse a realidade. O privilégio de envelhecer precisa sair do discurso.


Sem dúvida alguma, a nossa geração ganhou muito em termos de acesso a informações que podem mudar a nossa vida pra melhor. Tanto em termos físicos quanto mentais e emocionais. Sabemos, por exemplo, que uma rotina de exercícios, combinada a uma alimentação balanceada, a um sono restaurador e uns minutinhos de meditação por dia podem aumentar muito a nossa qualidade de vida, melhorar a nossa saúde, a nossa disposição e, consequentemente, as nossas relações.


Tivemos muitos avanços também no campo da medicina. Hoje é possível termos muitos diagnósticos precoces e tratarmos doenças que até pouco tempo eram sentenças de morte. Sem falar na precisão de equipamentos para a realização de cirurgias.

Outra vantagem enorme que temos em relação às gerações passadas, mais uma vez graças è tecnologia e disseminação de informações, é a possibilidade de nos reinventarmos em termos profissionais. A quantidade de conhecimento compartilhado é enorme e é possível sim fazer uma transição de carreira, se lançar no mundo do empreendedorismo ou simplesmente (e não menos importante) investir em conhecimento no campo de atuação para ampliar o leque de oportunidades.


Isso é maravilhoso! Mas o que estamos fazendo com tudo isso? Estamos repetindo os padrões das gerações passadas da nossa família ou estamos aproveitando todos esses recursos para aumentar a nossa longevidade e melhorar a nossa qualidade de vida?


As nossas atitudes ditam a forma como a sociedade nos enxerga e como as gerações mais novas vão lidar com o avanço da idade e o processo de envelhecimento. É claro que com todos esses avanços que eu mencionei acima,já é possível perceber um grande numero de pessoas maduras tirando proveito de todas essas oportunidades e criando seu próprio futuro (imagina se alguém depois dos 40 estaria falando em criar futuro, há 40, 50 anos!). E a tendência é que esse comportamento se espalhe e se torne o novo padrão. Os 50 são os novos 50!


Eu acredito que a percepção sobre “ser velho” está totalmente associada ao nosso comportamento, à nossa disposição e à nossa energia. A nossa forma de encarar a vida, os desafios e as oportunidades são como uma chancela em nossa aparência. É isso que nos torna, ao olhar dos outros, uma pessoa jovem ou uma pessoa velha. Refiro-me à idade da nossa alma. Ela, diferente do corpo, é limitada apenas pela nossa mentalidade. Invista nela, o retorno é garantido!

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