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Foto do escritorAdriana Liberato

Quantos quilômetros você correu nos últimos 15 anos?


“Temos mil razões para ter uma vida sedentária, e é por isso que a maioria da população não pratica esportes. Mas não dá para aceitar isso. A vida sedentária faz muito mal, não fomos feitos para ficar parados. O corpo humano é como uma máquina que foi desenhada para o movimento. Do contrário, você vai lamentar.” – Dr. Drauzio Varela


Eu sempre adorei fazer esportes, mas te confesso que corrida nunca foi muito a minha praia. Eu já joguei vôlei, fiz dança, capoeira, natação e sempre gostei de fazer aulas em academias. Teve uma época da minha vida que acordava à 5:30h pra poder malhar antes de ir pro trabalho e à noite voltava pra academia. E isso me fazia um bem enorme! De vez em quando corria para aquecer antes de fazer musculação (que aliás, eu nunca gostei!). As academias que eu frequentava eram sempre perto de casa.


Quando me mudei pra França, em 2014, entrei numa academia muito bacana, porém muitas vezes eu precisava de 1hora pra me deslocar (ida e volta), além do tempo de exercício. Deixou de ser prático e eu deixei de frequentar. Como eu morava em frente ao Hipódromo de Paris e sempre gostei de me exercitar ao ar livre (principalmente depois de ficar mais reclusa no inverno), comecei a andar ao redor do Hipódromo algumas vezes por semana. De vez em quando meu marido ia comigo e como ele sempre corria e por isso comecei a correr aos poucos. Sem perceber, fui aumentando o meu ritmo e a distância percorrida e quando dei por mim, estava correndo entre 8 e 9 quilômetros, 3 vezes por semana.


A sensação após a corrida era maravilhosa! Eu passava o dia bem disposta e a qualidade do meu sono melhorou bastante. Porém cada dia era um desafio. Eu vivia negociando com a minha mente (“só mais um pouquinho”) pra conseguir alcançar a minha meta do dia. Eu tinha engordado 8 kg, sem perceber, então aproveitei para fazer uma reeducação alimentar. Com algumas adaptações na alimentação e uma rotina de exercícios, em 3 meses emagreci os 8 kg.


O problema foi que me machuquei e precisei parar de correr. Eu não estava fazendo o reforço muscular necessário para suportar os impactos da corrida. A consequência disso foi tendinite no quadril e nos joelhos e o jeito foi parar de correr.


Em meio à pandemia e já nos Estados Unidos, voltei a fazer exercícios em casa (não me adaptei ao estilo das aulas da academia que eu frequentava). O YouTube me ajudou muito a encontrar aulas interessantes. Quando o frio deu uma trégua, comecei a caminhar ao ar livre (aliás essa era a única opção que tínhamos de “botar a cara na rua”). Tentava andar em média 40 quilômetros por semana.


Não é fácil manter a mente equilibrada num cenário caótico desses e os exercícios físicos fazem toda a diferença.


Quando achei que estava preparada, voltei a correr. Olhe eu negociando com a minha mente novamente! E desta vez me superei e me preparei em termos de musculatura. O meu ritmo de corrida e a frequência estavam ótimos até que, de um dia pra outro, minha lombar travou (tenho algumas hérnias) e eu mal conseguia andar. Resultado: 2 meses de fisioterapia!


Novamente estou recomeçando a minha rotina de exercícios e se você pensa que eu desisti de correr, está redondamente enganada! Ainda mais depois de bater um papo com Alsita, uma baiana de 65 anos, que começou a correr aos 48 e atualmente corre em média, 85 quilômetros por semana. Vem conferir esse bate papo clicando no vídeo abaixo.




Mas por que eu estou escrevendo esse texto?


Pra te incentivar a se mexer! Metade dos brasileiros acima dos 50 anos é hipertensa, precisa de remédio para controlar a pressão. O número de diabéticos aumenta sem parar, é assustador. A prática de exercícios físicos é importante para manter tanto a nossa saúde física quanto a mental em dia. E depois dos 40 anos, quando o nosso metabolismo fica mais lento, é mais importante ainda! Se quisermos ter qualidade de vida na maturidade, precisamos nos exercitar.

Esses dias eu estava assistindo a entrevista de um médico dizendo que o nosso metabolismo já não é mais o mesmo após os 40 anos, porque nessa fase da vida, a maioria das pessoas já não se exercita mais ou diminuiu muito o ritmo e a frequência dos exercícios. Porém quando nos exercitamos em qualquer idade, o nosso metabolismo melhora, melhorando a nossa qualidade de vida.


Eu não sei você, mas o meu objetivo não é adicionar idade à minha vida e sim vida à minha idade!


Vai ficar aí sentada inventando desculpas pra si mesma ou vai dar uma andadinha?




Créditos:

Foto Capa: Pixabay (from 2722447)

Foto Texto: Pexels from Pixabay

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