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Definindo as áreas de foco

Estava pensando no que eu não quero levar para o próximo ano e de cara pensei na síndrome da impostora. Não sei se já aconteceu com você, mas eu já perdi as contas de quantas vezes me achei uma fraude.



No post anterior Planejando no caos, compartilhei com você o primeiro passo do planejamento: Revisar os últimos 12 meses através de boas perguntas. Como mencionei anteriormente, esse é um exercício de análise sincera, uma revisão do seu ano, envolvendo as diversas áreas da sua vida. No link acima você pode conferir as perguntas, que variam desde como seus relacionamentos evoluíram, passando pelos cuidados com a saúde até a sua evolução na carreira profissional.


Eu fiz o meu dever de casa! Escrevi minhas respostas e algumas me trouxeram um sentimento bom de realização (Bora comemorar!!!), mas outras me disseram que eu poderia ter tido melhores resultados (Bora trabalhar!!!). Ler o que respondi me deu clareza sobre as áreas que foquei e em quais houve pouca ou nenhuma ação. Senti incômodo e desconforto em algumas, mas também satisfação e preenchimento em outras.


Mas e agora, o que fazer com isso?

Essa ainda é uma fase de brainstorming - ler as respostas e refletir sobre o que quer manter, priorizar ou abandonar. Como normalmente não é possível ter satisfação em 100% das áreas, é preciso definir as prioridades e focar a energia nelas. Vale ressaltar que é muito importante saber do que se está abrindo mão ou adiando para que não haja arrependimento ao final de mais um ano. Não dá pra focar em tudo ao mesmo tempo. A sabedoria está em permanecer atento e não abandonar ou adiar por muito tempo aspectos importantes.


Aproveitar a magia que envolve essa época do ano, quando sentimos que algo reacende em nós e uma força revigorante vem pra nos dizer que sim, é um ótimo momento para fazer esse exercício, pois logo ali à frente teremos uma nova oportunidade para recomeçar.


Como fazer diferente na prática?

Começo pelas respostas que me deixaram desconfortável. Por exemplo, a “síndrome da impostora” a qual me referi no início do texto. Já perdi as contas de quantas vezes me questionei e duvidei de mim. Certamente esse item seguirá para um plano de desenvolvimento, onde vou colocar de forma prática quais ações posso tomar para melhorar esse aspecto. O que direi a mim mesma quando um pensamento nessa linha vier à minha mente? De quais momentos de sucesso irei me lembrar para espantar qualquer duvida sobre não ser boa suficiente para algo? Estou me comparando com o melhor que eu posso ser hoje ou estou me comparando com outra pessoa? O que mais eu posso aprender para me sentir ainda mais segura?


Se a Michele Obama teve que lutar duro contra a síndrome da impostora e venceu, então eu também posso!


"Eu acho que muitas mulheres e muitas meninas de todas as classes sociais andam por aí carregando esse tipo de pergunta. Como eu superei isso é como eu superei qualquer coisa. Trabalho duro. Toda vez que duvidava de mim mesma, dizia para mim, vou trabalhar ainda mais, vou deixar meu trabalho falar por si. Eu ainda faço isso. Sinto que, de alguma forma, ainda tenho algo a provar. Por causa da cor da minha pele, a forma do meu corpo, pela forma como as pessoas estão me julgando." Michele Obama


E em seguida, no outro bloco de respostas, vou olhar os aspectos que mesmo me sentindo satisfeita, não quero relaxar, por serem muito importantes pra mim, a exemplo da saúde e dos estudos. No que diz respeito à saúde, ainda que eu tenha hábitos alimentares saudáveis, desde que começou a pandemia, abandonei a academia. Para compensar essa falta, decidi manter as corridas a fim de reduzir os impactos na minha disposição física e mental. Comecei correndo na rua, mas devido às baixas temperaturas de Michigan, as corridas ficaram restritas à esteira de casa.


Em relação aos estudos, ainda que tenha cumprido o que estava previsto no cronograma para este ano, novos temas me interessaram e outras possibilidades estão sendo criadas. Portanto em meu registro de respostas, na área de desenvolvimento, aprendizado será minha área de foco em 2021.


Tome nota dessa construção de pensamentos. Esse passo será útil para o planejamento detalhado das ações a fim de realizar as mudanças que deseja. Ter um norte do caminho que se deseja percorrer é o que nos dá no acompanhamento periódico, a certeza de estarmos fazendo a vida acontecer! E mesmo quando ela acontece num cenário incontrolável, como o que estamos experimentando agora, será mais fácil identificar o que contornar e o que aceitar, e isso nos ajudará a enxergar outras possibilidades.

Quero te encorajar a responder às perguntas, caso ainda não tenha feito e, em seguida decidir os aspectos que irá focar em seu plano de metas e desenvolvimento de competências. Falarei disso no próximo post! Vamos lá? Tenho certeza que irá te ajudar a desenhar seu 2021.


Quer bater um papo sobre esse assunto? Me escreve, vou adorar falar com você!





Créditos:

Foto capa: Pexels from Pixabay

Michelle Obama: Daily Mail


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