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O que você faz quando tem um problema: chora, foge ou enfrenta?

Os últimos 12 meses viraram nossas vidas de ponta cabeça. De uma hora pra outra o mundo foi acometido por uma pandemia e a nossa liberdade foi tolhida. A vida que tínhamos antes desse cenário já não existe mais. E nos adaptamos rapidamente a essa nova realidade, por mais triste e difícil que ela seja. O objetivo desse texto não é falar sobre a pandemia e sim sobre resiliência – “a capacidade que cada pessoa tem de lidar com seus próprios problemas, de sobreviver e superar momentos difíceis, diante de situações adversas e não ceder à pressão, independentemente da situação”.



“Propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica”.


O conceito de resiliência vem da física, mas é largamente utilizado pela Psicologia e pelo mundo empresarial para abordar o comportamento humano. O nível de resiliência de um indivíduo indica o quanto ele está preparado para lidar com as adversidades da vida. De transformar experiências não tão boas em aprendizados e oportunidades de mudança, de dar a volta por cima e seguir em frente.


Não se adquire resiliência da noite pro dia. Ela é o resultado das experiências vividas. Das situações difíceis, dos erros, das decepções, das quedas e derrotas. Quando aprendemos com essas situações (por piores que sejam) e seguimos em frente, estamos sendo resilientes. E a nossa perspectiva em relação à vida muda. Nos tornamos mais confiantes, flexíveis e com foco na solução e não no problema.


Um dos grandes atributos de uma pessoa resiliente é saber lidar com as suas emoções. Ela se torna capaz de enfrentar, de forma serena, situações de grande pressão e stress. Isso não significa que ela não sinta preocupação, insegurança, medo... Ela identifica as suas emoções, entende o porquê desses sentimentos e não se deixa paralisar. O seu foco é na resolução do problema. Por isso, ela consegue organizar as suas emoções e reorientar o seu comportamento.



Normalmente, quando chegamos à maturidade, já conhecemos os nossos limites por termos vivenciado diferentes adversidades. Tanto de ordem emocional, profissional, de relacionamentos e às vezes física. Mas isso não significa que a idade nos traz resiliência!


É muito comum encontrar pessoas que preferem viver presas a experiências positivas no passado para não ter que enfrentar a realidade. É difícil se olhar no espelho e se reconhecer como o único responsável por estar aqui se aqui não é bom. Mais comum ainda é encontrar pessoas que só se lamentam, que vestem a roupa de vítima e se sentem as mais desafortunadas do universo. Infelizmente esse tipo de comportamento não resolve a nossa vida.


Assim como eu, você já deve ter assistido relatos de pessoas que estão no final da vida falando como se arrependem de não ter vivido de forma plena. A fala é mais ou menos assim: “ se eu tivesse mais tempo, viveria o presente, valorizaria o que realmente importa, não daria um peso grande a bobagens, sorriria mais, não levaria as coisas tão a sério, cuidaria mais da saúde, passaria mais tempo com quem eu amo, não colocaria o trabalho à frente da família, realizaria meus sonhos,..."


Por que só despertarmos pra isso quando não temos mais tempo? Por que não encaramos a vida de frente e vivemos da melhor forma? Por que não damos o peso certo aos problemas, aprendemos com eles, caímos e levantamos?


O mundo inteiro ganhou um treinamento intensivo de resiliência. Dói ficar confinado, dói não poder estar presencialmente com quem amamos, dói ver pessoas partindo repentinamente sem bilhete de volta, dói perder o emprego, dói ver a empresa que construímos com tanto esforço ter que fechar, dói brigar com pessoas que amamos por falta de espaço ou porque precisamos descontar essa dor em alguém, dói ver planos serem cancelados, dói se divorciar, dói ver pessoas passando fome e outras necessidades porque políticos nunca estiveram preocupados com nada além dos seus próprios interesses e bolsos, dói ter que encarar suas sombras de frente, dói ver tanta gente surtando, dói saber que se pode morrer numa fila de espera...


Dói muito, porém problemas, adversidades e dores fazem parte da vida. Precisamos transformá-los em combustível para sairmos desse lugar. E é ai que entra a resiliência! A única certeza que temos é a morte e, além de nós, ela é a única que pode nos paralisar e nos impedir de ir além, de viver! Se estamos aqui e agora, deve haver um propósito, então devemos fazer por merecer. Vamos nos apegar ao positivo. Aprender com os nossos erros, crescer com os nossos problemas, valorizar quem somos e quem amamos, vibrar com o que já construímos, aproveitar o nosso tempo da melhor forma possível e estar sempre com o olhar voltado à solução!


Pode parecer piegas, mas viver não é esperar a tempestade passar, é aprender a dançar na chuva.


Para finalizar esse texto, eu queria te convidar a assistir o vídeo abaixo. Um exemplo e tanto de resiliência! Você já pensou se tivesse um filho que foi diagnosticado com uma doença degenerativa e o tempo fosse o seu maior obstáculo?




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