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Tudo ao mesmo tempo agora

Nos últimos dias eu tenho me percebido muito pensativa e até um pouco angustiada. Normalmente nessa época do ano já estou fazendo um balanço do ano que está chegando ao fim e muitos planos para o ano seguinte. Mas o fato é que estou percebendo que estou mais reflexiva do que normalmente sou e mais do que fazer planos, estou tentando me reconhecer em mim mesma. Talvez pela proximidade de completar 50 primaveras.

O fato é que especialmente esse final de ano eu adoraria ter um tempo exclusivo para me dedicar não só ao planejamento do próximo ano, como também ao da segunda metade da minha vida (se vai dar certo, eu não sei, mas gosto de pensar que viverei 100 anos). Mas como fazer isso em meio a um ambiente de mudanças?


Acabei de mudar de casa e apesar de toda a felicidade de ter encontrado uma casa perfeita, a desorganização ainda é muito grande e se tem uma coisa que me deixa fora do prumo é bagunça. Estou me referindo à bagunça emocional causada pela desorganização física. Se fosse há pouco tempo atrás, eu teria virado noites e cada coisa já estaria em seu devido lugar. Hoje não sei te dizer se estou cansada ou se reconheço a necessidade de respeitar os meus limites, o meu corpo. O fato é que estou fazendo o que dá.


Pouco antes de encontrar a nossa casa dos sonhos, eu estava me preparando para colocar em prática a Fase 2 dessa Plataforma. Transformar o Blog em Site, Investir tempo e conteúdo no YouTube, Fazer uma Curadoria de Produtos e Serviços para Venda eram algumas das atividades previstas. E assim comecei a trabalhar dobrado para colocar em prática o meu plano, mesmo porque não é fácil dar conta de tudo praticamente sozinha. Pesquisa, Geração de Conteúdo, Prospecção de Profissionais para Entrevistas, Lives, Edições e muito mais.


Não dá pra ter tudo, não é mesmo? Prioridade era a palavra da vez. E como havia um prazo a ser cumprido pela mudança, eu nem tive escolha. O meu projeto profissional ficou parado, ou como costumamos falar aqui nos Estados Unidos ele foi “put on hold”. Eu desliguei meu computador no dia em que assinei o contrato da casa e ignorei completamente a “obrigatoriedade de constância das postagens nas Redes Sociais”. Para uma pessoa que tem pavor de deixar pendências para o dia seguinte isso é o fim! Tô viva, mas esse site que você está acessando agora, deveria ter ido ao ar no início do mês passado. Sem falar nas outras atividades que deixei totalmente de lado.


Pra “engrossar o caldo” das mudanças, como citei no início, os 50 anos estão batendo à minha porta e pela 1ª vez na vida paro pra pensar sobre a minha idade. Não tenho problema algum com o envelhecimento e concordo com a Malu Mader quando ela diz que “quem gosta da vida, gosta de envelhecer”,afinal de contas, envelhecer é realmente um privilégio. Só não dá pra ignorar um marco como esses. Vira e mexe me pego pensando sobre quais serão os próximos passos e diante de tantas possibilidades preciso confessar que me sinto um pouco perdida. Se de um lado me sinto mais pronta do que nunca, fruto das experiências vividas até aqui, da certeza que “o não eu já tenho”, por outro, não consigo visualizar como transformar toda a minha multiplicidade em resultados!



Sabe qual é meu consolo? No próximo sábado embarco pra Bahia. Quatro semanas. Encontros e abraços após dois longos e difíceis anos, praia de mar, sal no corpo, água de côco, acarajé quentinho, musicalidade, energia sem igual, verão de verdade,... Ah a Bahia! Quem sabe num mergulho nas águas do Porto da Barra, não mergulho em mim mesma e encontro as respostas que tanto procuro.

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